No mesmo dia 31 de outubro de 2002, o namorado de SUZANE, DANIEL CRAVINHOS, foi ouvido na sede da equipe C-Sul da 1. Delegacia da Divisão de Homicídios / DHPP, na presença da delegada Cintia Tucunduva Gomes.
Na oportunidade, declarou ser namorado de SUZANE há 2 anos e 11 meses. Informou também que mantinha um bom relacionamento com os pais de SUZANE e que frequentava sua casa, tendo ido menos naquela época. Informa que na data dos fatos SUZANE chegou à sua casa por volta das 17h00, tendo lá permanecido por algum momento até irem numa loja de aquário e alugar um DVD. Lá permaneceram até receberem uma ligação de ANDREAS, que após os pais dormirem, ligou para irem buscá-lo e levá-lo na Red-play. Informa que depois de deixarem ANDREAS, rumaram para a rodovia Raposo Tavares a procura de um motel, onde comemorariam o aniversário de SUZANE. Que não tendo dinheiro suficiente, por volta da meia noite, voltaram para casa de SUZANE. Que lá chegando, tudo estava normal e SUZANE teria demorado 10 (dez) minutos para pegar mais dinheiro e voltar, momento em que vão novamente para o Motel Colonial e lá ficam por aproximadamente duas horas e cinquenta minutos. Logo após buscar ANDREAS na Red-play, por volta das 04h00, informa que foram para sua casa, onde DANIEL teria ficado, e ANDREAS e SUZANE foram embora juntos para casa.
Continua seu depoimento, mencionando que quando estava se preparando para dormir, recebeu uma ligação de SUZANE, que dizia que sua casa estava acesa e toda revirada, momento que ele aconselha SUZANE e ANDREAS a saírem de casa, imediatamente, e entrarem em contato com a polícia. Que, após, se dirigiu o mais rápido possível para casa de SUZANE. Diz que imaginava ser um assalto e que tinha receio de que os assaltantes ainda estivessem no interior da casa.
Relata que com a chegada da polícia, SUZANE os acompanhou na entrada da residência e ele e ANDREAS ficaram aguardando do lado de fora. Logo depois foi informado pelo policial que os pais de SUZANE estavam mortos, momento em que ligou para seu pai.
Em remate, informa que há um ano experimentou maconha, mas depois parou. Informa que SUZANE também usou, mas também parou. Reafirma que mantinha bom relacionamento com os pais de SUZANE e que frequentava a residência deles um a duas vezes por mês, pois os pais eram rígidos com horário e se preocupavam com os estudos de SUZANE. Afirma que o pai de SUZANE era sociável e a mãe tranquila.
Por fim, já tentando, equivocadamente, influenciar a investigação policial, informa: “os pais de SUZANE tinham o hábito de beber cerveja e wisky diariamente. Alega que o crime talvez possa estar relacionado com alguma empregada da casa.”.
Este é o resumo do primeiro depoimento de DANIEL, logo após o crime. Observem que o depoimento de SUZANE (próxima postagem) segue a linha de raciocínio de DANIEL, tentando infantilmente invocar a culpa a ex-funcinários da residência. Mas SUZANE, como todos sabem, não é uma boa atriz, e logo no seu primeiro depoimento, não soube lidar com a situação. Aliás, deixou todas as pistas nas mãos da polícia, dada a sua incapacidade de mentir, de compreender o tamanho do problema em que se metera, onde somente um psicopata, ou mesmo um assassino frio e desumano, tiraria de letra sem maiores problemas. Em outras palavras, o depoimento de SUZANE foi suficiente para a polícia descobrir toda verdade. Isto é, fosse ela tão astuta e tão dissinulada, certamente seu depoimento não teria sido tão revelador, pelo contrário.
Logo que der, pinto novamente....